[…]Era a sua estréia séria. E desde então, viam-no sempre muito atarefado, os bolsos inchados de manuscritos, com localistas, com atores, muito pródigo de cafés e de conhaques, o chapéu ao lado, descorado, e dizendo a todos: esta vida mata-me! Escrevia todavia por paixão entranhada pela Arte – porque era empregado na Alfândega, com bom vencimento, e tinha quinhentos mil réis de renda das suas inscrições.[…]

In “O Primo Basílio de Eça de Queiroz"

Vista nocturna

Vista nocturna em águas calmas

O edifício da Alfândega Nova do Porto tornou-se, assim, um ponto de referência da cidade e do país. De um espaço de decadência e ruína a um "ex-libris" vivo e activo, indispensável à cultura e ao turismo da cidade, ao serviço dos portugueses.

Vislumbre do Rio Douro

Alfândega vista do Palácio de Cristal

Capa de um disco de 1960, vendo-se ao fundo o rio pejado de barcas e o edifício da Alfandega. Fotografia tirada da Rua Jorge Viterbo Ferreira, ao lado dos jardins do Palácio de Cristal, sob a rua da Restauração.

(do blog Ie-Ie)

Destroços junto à Alfândega

O ano de 2006 marcou a inauguração do mais recente desafio expositivo permanente do museu (18 de maio): o projecto sobre a memória do edifício, intitulado "Metamorfose de um Lugar", que integra a Biblioteca da Alfândega, numa proposta de requalificação da antiga biblioteca assinada pelo arquitecto Eduardo de Souta Moura.

12 de Dezembro de 2009

VENHA FESTEJAR O NATAL CONNOSCO!

Sala do Arquivo

Sala do Arquivo

Sabe…
… que o Rio Douro foi já uma impressionante via de entrada e saída de mercadorias para todo o mundo?

… que todos esses barcos e mercadorias tinham que passar pela Alfândega Nova do Porto?

… que equipamentos ocupam hoje o edifício da Alfândega Nova do Porto?

… que uma curiosa praia ocupava este lugar de Miragaia antes da construção do edifício?

… que este foi durante décadas o mais vasto edifício da cidade e que ainda hoje encerra surpreendentes pisos subterrâneos?

… o que são apalpadeiras?

… como se contrabandeava azeite dentro de uma viola?

… que nome se dava à arca onde se guardava o dinheiro das receitas devido a Sua Majestade?

… com que se cosiam os sacos das mercadorias?

… como se analisavam as mercadorias que se pretendia desalfandegar?

… como se evoluiu do registo manual para o informático na prática alfandegária?

Sabe que pode aprender tudo isto e muito mais no Museu das Alfândegas?

Não se deixe contrabandear por falsas propostas. Surpreenda-se no Museu das Alfândegas!

Olhando o Douro, com a alma da Cidade e no Coração do Património da Humanidade.

A Rua Nova da Alfândega inundada

Nestes 150 anos escreveram-se inúmeras histórias, entranahram-se memórias, colram-se imagens das vivências de uma cidade - um vasto manancial de identidades que transpiram ainda junto de quem se aventura no deslumbramento dos seus amplos espaços. Este percurso é partilhado, desde 1992, por um projecto cultural que encontrou no imóvel a sua sede (promovido pela AMTC - Associação para o Museu dos transportes e Comunicações) e que, desde então, tem com ele desenvolvido um percurso de verdadeira osmose.

Os transportes. As comunicações. A Alfândega. Três desafios a que o museu deu resposta, constituindo em Dezembro de 2000 a sua primeira exposição permanente - "O Automóvel no Espaço e no Tempo"

Suzana Faro

Margem do rio junto ao edifício da Alfândega

O Museu promove visitas acompanhadas para grupos às exposições permanentes,
temporárias e Edifício, bem como programas para famílias, oficinas pedagógicas
e outros programas especiais mediante marcação prévia.

Horário
Terça a sexta: 10h00 – 18h00 (aberto à hora de almoço)
Sábados, domingos e feriados: 15h00 – 19h00

Preçario
Bilhete individual – 3,00 euros
Estudantes, cartão jovem e 3ª idade - 1,50 euros
Crianças até 6 anos em visita sem acompanhamento
do serviço educativo – gratuito
Professores acompanhantes de grupos – gratuito
Exposições temporárias – preçário estabelecido para cada caso

Museu dos Transportes e Comunicações

Rua Nova da Alfândega - Edifício da Alfândega • 4050-430 Porto
Tel: 223403000 / 22 3403058 • Fax: 223403098
www.amtc.pt • www.expocomunica.com.pt • museu@amtc.pt
Marcação de visitas: s.educativo@amtc.pt

Como chegar
Eléctrico – linha 18 (Infante-Massarelos)
Autocarros – 23, 49 e 500

A viagem continua pela construção do imóvel

Antes de partir de Évora, deu-lhe um relógio de prata; e, por influência dele, o papá, depois de arrastar alguns meses a sua madraçaria pela alfândega do Porto, como aspirante, foi nomeado, escandalosamente, diretor da alfândega de Viana.

In A Relíquia de Eça de Queiroz

Uniforme tão militar, tão nacional, tão caro a nossas recordações - que essas gentes, prostituidoras de quanto havia nobre, popular e respeitado nesta terra, proscreveram do exército... por muito português de mais talvez! deram-lhe baixa para os beleguins da alfândega, reformaram-no em uniforme da bicha!

In Viagens da Minha Terra de Almeida Garret

Seria vaidade mostrar que alguns homens nascem para o cortejo da estupidez, com os seus braços musculares, rijos e tersos. Estes é uma loucura social mandá-los às universidades, quando a agricultura e o comércio exigem pulsos para uma enxada, e espáduas robustas para uma alfândega.”

In Anátema de Camilo Castelo Branco

O Porto

As trocas

O comércio

O trabalho

As gentes

A esta cidade onde a agitação da entrada a saída dos produtos, juntou-se um edifício austero, rude, que lê na alma das gentes o seu sentir de trabalho rigor, eficiência.

A secretária do chefe, a máquina de escrever, todas reunidas, as horas que passam lentas as que são e as que entram, as medições, os pesos, os tubos de ensaio, as balanças de precisão e as outras, os gostos estranhos, que se estranha e apreende, as arcas, as pastas, os dossiers, as censuras e as autorizações.

Tudo guardado na memória e no espaço, tudo disposto aos olhares sobre a Alfândega!

Vitrines que guardam a memória de rotinas, de sons e vivências de outros tempos

Alfândega imponência granítica

As gentes da Alfândega

A Alfândega e as suas Delegações

MUSEU DOS TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES

Em 1987 foi estabelecido, em Conselho de Ministros, que a Alfândega do Porto acolhesse o futuro Museu dos Transportes e Comunicações, pertencente à Associação com o mesmo nome. Como tal, foram iniciadas obras de restauro e o edifício foi adaptado à sua nova vertente museológica, de acordo com o projecto concebido pelo arquitecto Eduardo Souto Moura. A Associação para o Museu dos Transportes e Comunicações (A.M.T.C) disponibiliza ainda, para além do museu, um Centro de Congressos e Exposições distribuído pelos vários espaços da Alfândega, e um Centro de Formação.

Rosário Carvalho

27 NOV. - 1 DEZ.

FEIRA DE ANTIGUIDADES E DO LIVRO ANTIGO

Furnas - Ala Poente: Registo das Cheias

11 Novembro  - 21h30

Concerto 150 Anos da Alfândega Nova do Porto

Em 2009 assinalam-se 150 anos do Início da Construção do Edifício da Alfândega Nova do Porto. No contexto do programa de iniciativas comemorativas realiza-se um concerto alusivo, com autores da época, pela Orquestra do Norte. A Sala do Arquivo, actual espaço de excelência nacional em condições acústicas para eventos musicais, será o palco ideal para se viajar no tempo e recordar algumas das obras e compositores mais marcantes do século XIX. Informações disponíveis em 223403000 ou museu@amtc.pt

Os enormes corredores de silêncio e escuridão vieram dar lugar a espaços com luz.

Um edifício marcado pela sua designação:

ALFÂNDEGA

Local de ruído, de vozearia, de transacções materias e imateriais

Os Comboios chegam à Alfandega em 1888

Os comboios (de Mercadorias) chegaram à Alfandega em Novembro de 1888.

Estavamos perante o desenvolvimento ferroviário que se registava na região e cujas datas mais importantes estão relacionadas com a Linha Norte, que chegou a Gaia em 1864.

A obra tinha uma extensão de 3.800 metros e terminava mesmo ao lado da Alfândega.

O Ramal foi encerrado no dia em que o despacho alfandegário passou definitivamente para Matosinhos - aeroporto, porto de Leixões e Terminal TIR.

Construída no século XIX, segundo projecto do engenheiro Jean F. G. Colson (então ao serviço do Ministério das Obras Públicas), a Alfândega Nova do Porto transformou significativamente a área envolvente destacando-se, tal como hoje, na frente ribeirinha de Miragaia. De facto, a sua edificação implicou a construção da enorme plataforma do cais onde assenta a Alfândega e que substituiu a antiga praia de Miragaia. Por outro lado, e de forma a facilitar o transporte de mercadorias, a Alfândega e a Estação de Campanhã foram ligadas por um ramal de caminho de ferro em 1888; tendo ainda sido aberta a rua Nova da Alfândega, com o mesmo objectivo de viabilizar novas vias de comunicação, nomeadamente com o centro da cidade. Um conjunto de modificações por muitos considerada como uma das mais profundas alterações urbanísticas e paisagísticas do século XIX.

NAUFRÁGIO DO VAPOR "PORTO"

A localização do edifício da Alfândega surge como uma resposta à pressão exercida por comerciantes e agentes de navegação da zona ribeirinha da cidade que estavam apreensivos com a ameaça de deslocação da zona portuária para outro lugar (prevista desde o naufrágio do vapor Porto, em 1852). A Alfândega surge como uma solução portuária tendo como elemento central a velha praça comercial do Douro.

O edifício da Alfândega Nova, que aloja o Museu dos Transportes e Comunicações desde 1992, adaptou-se à força da modernidade e às exigências necessárias a um espaço cultural da actualidade.

Eristoff Black Halloween - Sábado 31 de Outubro - Alfândega do Porto